Por Adela Figueroa
O calor abafante faz deitar as moscas que nem podem voar. Apenas conseguem,
alastrar suas patas polo terraço fresco do cais, na estação do caminho de ferro.
Especie prolífica , esta a nossa,. Tudo ocupa, tudo enche. Com falares, com corpos, com
famílias , com cheiros ou paquetes. Um mundo de pés descalços é dominado por
aromas, por especies. Mas eu, ainda, não senti chorar meninos entre a miséria cinzenta
de Kolkata.
Pay atention, please. A moça grita pelo altofalante. Nada importa. Ninguém atende , pois
ninguém entende. Toda a gente fala, corre aos seus negócios, carrega seus paquetes.
Mas não atende.. Ao assalto do trem , malas, famílias e pessoal irrompem, ao mesmo
tempo, a conquista dum assento e dum lugar em que colocar a equipagem.. Um caos
ruidoso, incompreensível e irredutível domina o ar do wagom. Milagrosamente tudo fica
em calma. Numa ordem particular .
Tudo encontrou seu lugar e o comboio ficou em
calma. Sentada a gente em seus assentos, nas suas malas em seu paquetes, numa
colorida mistura de irracionalidade.
Por pouco tempo. O nosso guia, Totan Kundu, aprendeu a
viver neste caos. Sem a sua calma e sem a sua autoridade, camuflada detrás de seu
sorriso, seria impossível termos conquistado esta fortaleça.. As búfalas ignoramnos
mentres pascem e bebem ao pé das vias. Adeus Kolkata.
Desde o taxi, com ar condicionado, contemplase aquela mistura de mugre e de pó. Em
convívio com as cores, as ilusões, sonhos e esperanças que todos os humanos temos.
Ou será que perdemos
a capacidade de sonhar?
ou será que perdemos
a capacidade de sofrer?.
Ou será, outramentres,
que perdemos
a capacidade de ver
e nos doer
da triste vida de outrem?
Muchas gracias Adela Figueroa por compartir esta viaje conmigo.Beso
ResponderEliminar