sábado, 14 de noviembre de 2015

O CAMINHO DE FERRO De Kolkatá à Santiniketam ( Bolpur)


 Por Adela Figueroa

O calor abafante faz deitar as moscas que nem podem voar. Apenas conseguem,

alastrar suas patas polo terraço fresco do cais, na estação do caminho de ferro.

Especie prolífica , esta a nossa,. Tudo ocupa, tudo enche. Com falares, com corpos, com

famílias , com cheiros ou paquetes. Um mundo de pés descalços é dominado por

aromas, por especies. Mas eu, ainda, não senti chorar meninos entre a miséria cinzenta

de Kolkata.

Pay atention, please. A moça grita pelo alto­falante. Nada importa. Ninguém atende , pois

ninguém entende. Toda a gente fala, corre aos seus negócios, carrega seus paquetes.

Mas não atende.. Ao assalto do trem , malas, famílias e pessoal irrompem, ao mesmo

tempo, a conquista dum assento e dum lugar em que colocar a equipagem.. Um caos

ruidoso, incompreensível e irredutível domina o ar do wagom. Milagrosamente tudo fica

em calma. Numa ordem particular .
Tudo encontrou seu lugar e o comboio ficou em

calma. Sentada a gente em seus assentos, nas suas malas em seu paquetes, numa

colorida mistura de irracionalidade.
Por pouco tempo. O nosso guia, Totan Kundu, aprendeu a

viver neste caos. Sem a sua calma e sem a sua autoridade, camuflada detrás de seu

sorriso, seria impossível termos conquistado esta fortaleça.. As búfalas ignoram­nos

mentres pascem e bebem ao pé das vias. Adeus Kolkata.



Desde o taxi, com ar condicionado, contempla­se aquela mistura de mugre e de pó. Em

convívio com as cores, as ilusões, sonhos e esperanças que todos os humanos temos.

Ou será que perdemos

a capacidade de sonhar?

ou será que perdemos

a capacidade de sofrer?.

Ou será, outramentres,

que perdemos

a capacidade de ver

e nos doer

da triste vida de outrem?


1 comentario:

  1. Muchas gracias Adela Figueroa por compartir esta viaje conmigo.Beso

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